Espaço de discussão e reflexão sobre a experiência do olhar e suas reverberações no corpo na construção/remontagem do espetáculo exposição "IN-REAL acontecimentos poéticos" da desCompanhia de dança.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ocupar espaços x Abrir e construir espaços.

Outro dia tomando cerveja com o Deferson Melo, ele compartilhou um aprendizado que teve com um professor de butoh: Existe uma diferença entre ocupar espaços e abrir/construir espaços. Adorei essa dica! [ ]sss

Yiuki

O mais importante da foto…. Pierre Poulain

“… o mais importante da foto é o invisível: a emoção, o sentimento, a nostalgia, a harmonia”. Pierre Poulain

Eu já tinha compartilhado essa frase acima com vocês, mas somente com uma reflexão. Ainda não consigo entender a relação entre:

  • Oferecer imagem;
  • Oferecer metáfora;
  • Oferecer o invisível.

As vezes fico pensando demasiadamente. Rsss

Bjss e t daqui a pouco.

Yiuki

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Imaginação x Moral – Gaston Bachelard

des, gosto desse pensamento do Bachelard. É um dos motivos que imaginar é necessário numa sociedade. Também percebo que ela pode mover o ser humano mais do que a realidade. Afinal, sinto que entre sonho e realidade, existe um elo conector que é a imaginação. Não sou bom em referência e bibliografia*, mas sei que na infancia precisamos estimular a imaginação, depois, na adolescência, essas imagens precisam ser vivênciadas por esses futuros cidadões. Bom, esse pensamento possui relação com o questionamento nosso de para que serve a nossa arte nesse mundo? Por quê a poesia nos interessa como linguagem cênica? Tem um termo japonês que eu adoro: O inútil util. Para vocês faz sentido esse termo? Para mim faz muito sentido. Bjsss. Yiuki

“Os moralistas gostam de falar-nos da invenção em moral, como se a vida moral fosse obra da inteligência! Que nos falem antes do poder primitivo: a imaginação moral. É a imaginação que deve fornecer a linda das belas imagens ao longo da qual há de correr o esquema dinâmico que é o heroísmo. O exemplo constitui a própria causalidade moral. Porém, mais profundo ainda que os exemplos oferecidos pelos homens, é o exemplo fornecido pela natureza. A causa exemplar pode converter-se em causa substancial quando o ser humano se imagina de acordo com as forças do mundo. Quem tentar igualar sua vida à sua imaginação sentirá crescer em sí nobreza ao sonhar a substância que sobe, ao viver o elemento aéreo em sua ascensão.” Bachelard (Livro: O Ar e os Sonhos | capítulo: Os trabalhos de Robert Sesoille | Editora Martins Fontes | 1ª Ed. | P.112)

“O ser imaginante e o ser moral são muito mais solidários do que pensa a psicologia intelectualista, sempre pronta a considerar as imagens como alegorias. A imaginação, mais que a razão, é a força da unidade da alma humana. (Autor: Gaston Bachelard | Livro: O Ar e os Sonhos | capítulo: Nietzsche e o psiquismo ascensional | Editora Martins Fontes | 1ª Ed. | P.153)

“A imaginação, princípio primeiro de uma filosofia idealista, implica que se introduza o sujeito, todo o sujeito, em cada uma de suas imagens. Imaginar-se um mundo é tornar-se responsável, moralmente responsável, por esse mundo. Toda doutrina da causalidade imaginária é uma doutrina da responsabilidade.” Bachelard. (Livro: O ar e os sonhos, capítulo: A queda imaginária, página 93)

* Talvez Platão, na República… não sei… preciso pesquisar.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

buraco da fechadura

processo des - casa selvática
https://www.facebook.com/photo.php?v=2381132265602

Simulacro VII – “Primavera” de Botticelli

Viu a primeira planta na feira, entre legumes. Comprou, botou na janela. Uma alegria viva, porém sozinha.
Na semana seguinte comprou outra. Diferente, mais farta, não ocupava embora todo espaço do peitoril.
Seguidas vezes na feira comprou uma e outra planta. A casa habitava-se, sementes caindo dos vasos, germinando na poeira do chão, flores folhagens cipós estendendo raízes, formigas chegando pelas gretas, mal sobrando espaço para mover-se.
Fez-se primavera entre sala e cozinha. Corria o regato da banheira. Num suspiro, despiu-se, sentou-se na superfície esmaltada. Ao cabo de três dias esbranquiçaram afilados os dedos dos pés. Na manhã seguinte um caroço inchou a perna. Sete dias depois a pele luzidia rompeu-se em verde, primeira folha, enquanto brotos despontavam.
Estonteada em meio a clorofilas recostou a cabeça e adormeceu. O corpo ramejava.
A morada do ser – Marina Colasanti

Simulacro VI - respostas

Quais são minhas questões políticas, estéticas e poéticas???
Tentando responder essa pergunta feita pela Cintia, surgiram as seguintes palavras/respostas:
QUESTÕES POLÍTICAS:
  1. A artificialidade
  2. A superficialidade
  3. O endurecimento social
  4. O fake
  5. O simulacro
  6. A reprodutibilidade
  7. A desensibilização
  8. A desumanização
  9. A frieza do lar
QUESTÕES ESTÉTICAS:
  1. O artifício
  2. O plástico
  3. As super cores
  4. Os super cheiros
  5. Os super sons
  6. O virtual
  7. A ficção
  8. A natureza morta
  9. A modernidade
QUESTÕES POÉTICAS:
  1. A fragilidade
  2. A secura
  3. A dureza
  4. O quebradiço
  5. A vaidade
  6. A prisão
  7. O cotidiano
  8. A existência
  9. A experiência

sábado, 8 de setembro de 2012

Sombra, movimento, plasticidade, belo por belo…

des, no último laboratório na 5ª feira, após interagir com o espaço, assisti novamente o vídeo que fiz no dia 14 de Agosto de 2012 na Casa Selvática. Algo realmente é potente nesse vídeo... Ainda não sei o que é… Intuo que belo por belo possui uma capacidade de atrair, ater as pessoas. [ ] ssss Yiuki