Citações lidas no ensaio da des, retiradas do livro “O sentido dos sentidos – a educação do sensível” de João Francisco Duarte Júnior
“em meu próprio campo observo… que hoje o inconsciente mais significativo, o fator que é o mais importante, porém menos reconhecido no trabalho de nossa cultura psicológica poderia ser definido como ‘beleza’, pois é isso o que é ignorado, omitido, ausente. O reprimido, portanto, não é o que habitualmente supomos: violência, misoginia, sexualidade, infância, emoções e sentimentos ou até mesmo o espírito, que recebe seu tratamento nas práticas de meditação. Não, o reprimido hoje é a beleza.”
“Queremos o mundo porque ele é bonito, seus sons, seus cheiros e suas texturas, a presença sensorial do mundo como um corpo. Resumindo, por baixo da crise ecológica está a crise mais profunda do amor: que nosso amor tenha abandonado o mundo, que o mundo esteja desamado, é o resultado direto da repressão da beleza, de sua beleza e de nossa sensibilidade para ela. Para que o amor retorne ao mundo, é preciso, primeiramente, que a beleza retorne, ou estaremos amando o mundo só como uma obrigação moral. (…) A beleza antes do amor também está de acordo com a experiência demasiado humana de sermos levados ao amor pelo encantamento da beleza.”
James Hillman – Cidade e Alma
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